terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu.


Você sempre dizia que nunca havia escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa.
E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado.
Você sempre foi um amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada, e que eu sou mais feliz quando cai a noite. E o único que sempre entendeu também, depois, eu dormir meio chorando porque é impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo.
Outro dia eu encontrei um diário meu, do ano passado, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado e fui me encontrar com ele na Br, ele me parece tão sincero”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todo esse tempo, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, eu por diversas vezes larguei várias pessoas, esperando, e fui encontrar com você. Porque você é meu melhor companheiro de conversas sobre a vida, mesmo sendo sem personalidade e desajeitado.
Depois encontrei uma foto em que você está com aqueles amigos que hoje são mais meus do que seus. E eu estava com um oculos horrivel prestando atenção no jogo e não na foto. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha que pegava um amigo idiota seu, e não te dava mole, nem conversa. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e sabia cozinhar e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto mas senti uma coisa linda por dentro do peito.
Aí lembrei que algum tempo depois, quando eu já não era mais a bobinha da turma e não pegava mais o seu amigo idiota. E sim uma mulher metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia me dar oi no terminal. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, que eu cansei dos seus joguinhos e fui dançar sem você. Você saiu cantando pneu e ficou sem falar comigo.
Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro chocolate. Ou quando me deu aquelas flores no dia dos mortos. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu dar atenção pra você, e pra mais metade da cidade, você me deu aquele texto, fito a lapis na sulfite, que ontem eu rasguei.
Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquele hospital, me viu toda fudida no corredor, e me disse a frase mais linda que eu podia ouvir naquele momento “Você está linda, eu estarei aqui sempre que precisar”.
Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “Não mente para mim, não me abandona”. E você fez tudo ao contrario. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesmo, porque você não estava me ferindo, estava se auto ferindo. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo e não estavam.
Depois você começou a fazer besteiras, e eu a te perdoar, depois me mandou calar a boca, sendo eu a unica pessoa realmente sincera com você. E eu podia ter escrito um texto para você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso.
Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim.
Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Quando eu berro minhas musicas no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas.. Eu te perdoei e te aceitei, e lhe dei novas chances, e conselhos, e oportunidade de não ser passado na minha vida mais  do que há qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre gostei da sua companhia, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você.
Até hoje. Até essa manhã. Em que você, pela primeira vez, você me ofendeu sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse tempo que te conheço, que você simplesmente foi frio, grosseiro, e um grande idiota. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida cheia de coisas que não são ela. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você deixou demonstrar que me amar, poderia ser só mais uma das suas mentiras.
E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa e depois pisa humilha e diz o que quer, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu.

Texto de inspiração Tati Bernardi, modificado por mim, Melissa Lobo.



quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Férias


Você sabe que eu fugir para longe, eu preciso tirar umas férias.
Talvez isso venha do nada, mas preciso de um novo lugar, um novo começo.
Eu já parti muitos corações, não tenho ideia para onde ir, sei apenas que vou.
Mas um dia voltarei
Mas essa noite todas percas de tempo, as horas deixadas para trás, as respostas que nunca achamos não significam nada, pois eu estou tirando férias.

Melissa Lobo

domingo, 13 de janeiro de 2013

Amigos

Quando se tem amigos, a gente até se esquece que a vida é uma droga.

Melissa Lobo.

Um desabafo


Passamos por tanta coisa nessa vida. E tantas vezes não importa quantos anos se tem. E sim o quanto você vivenciou as mais difíceis batalhas. Mamãe tinha alguém, mas ele se foi muito cedo, e faz 18 anos, que tem sido assim só eu e ela, enfrentando as nossas batalhas, sozinha. Passamos fome, enfrentamos a solidão, as mentiras e falsas promessas, jogadas sobre nós; jogadas de um canto para o outro, sempre seguimos assim, vivendo um dia de cada vez, uma luta, por dia. Nem todas elas ganhamos, mas em nenhuma delas fraquejamos. Hoje minha mãe já desistiu, não por não ter mais condições de lutar, e sim por não ter mais forças para sofrer. Chega uma hora que ser forte cansa. Então, ela só tem uma coisa na vida, ESPERANÇA, e essa tal da esperança é depositada toda em mim.
Agora luto todos os dias, por nós duas. Por dias melhores, para que possamos alcançar algum dia a calmaria, para que o medo do amanha, não assombre mais nossas noites. E que aqueles sonhos tão impossíveis  possam finalmente se realizar.
A minha mãe nunca me pediu muito, só uma casa com jardim, e um Natal em família  em algum lugar onde a alegria possa tomar conta de nós, pelo menos uma unica noite.
Com 19 anos, sou uma garota inteligente, faço faculdade, fiz escola técnica  sou bonita, forte apesar de magrinha, tenho alguns bons amigos, e uma força de vontade de viver, de crescer enorme. Mas ainda não consegui realizar os sonhos de minha mãe. Os dias tem sido difíceis  ando matando um leão por dia. E se eu não pulasse as janelas, nem teria chegado até aqui, pois as portas estão sempre fechadas.
Mas hoje um garoto disse que me ama, e eu senti no meu coração que ele me ama mesmo. Sabe aquele cara da músico do Roberto Carlos, ele é assim. Mas não posso ficar com ele, não posso jogar todos os meus planos e objetivos fora, por um amor, seria egoismo meu. E eu não posso ser egoísta  não agora. Tenho um monte de sonhos de minha mãe para realizar. Tenho uma batalha pra lutar, e eu não posso desistir, nem fraquejar, sei que posso ganhar, vou ganhar.
Mas para conquistar essa vitoria, é preciso abrir mão de algumas coisas. Abri mão de viver uma aventura de amor agora. Quem sabe mais tarde, mas não posso te pedir pra esperar, então faço esse desabafo aqui, para que saiba que eu desejo que você seja feliz, eu vou ser feliz também. Siga seu caminho, e encontre alguém que tenha espaço na mala para guardar seus sonhos, e viver eles.
Eu sinto muito, sinto muito mesmo, se lhe dei esperanças, é que as vezes da vontade de jogar tudo pro alto, mas não posso desistir, essa batalha  não é só minha,  tem 3 pessoas esperando para me aplaudir. Mamãe, meu falecido Pai e Deus. Não posso e não vou decepciona-los.

Melissa Lobo.

Atrás das palavras


Estou me perdendo, sinto falta das palavras, sem elas fico sem rumo, completamente perdida nesse mundo. Quero meu mundo de volta. Quero minhas palavras. Que a vida anda tomando de mim. Estou partindo, vou atrás do que me transborda, vou atras do que me faz sentir.

Melissa Lobo

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013



"Recomeços, graças ao calendário, eles acontecem todos os anos. Basta acerta seu relógio para janeiro. Deixe o passado para trás e comece de novo. Quem pode determinar quanto o antigo termina e o novo começa? não é um dia no calendário, não é um aniversário, nem um ano novo. É um evento, grande ou pequeno, alguma coisa que muda a gente. Idealmente nos da esperança uma nova forma de viver a vida e olhar o mundo. Desfaser-se dos velhos hábitos, memórias antigas...O que importa é que nunca paremos de acreditar que podemos ter um novo começo. Ma também é importante lembrar-se de que no meio dessa confusão existem algumas coisas que valem a pena ser mantidas.
Grey's anatomy

Se você estiver por aí andando, e sentir uma certa presença do seu lado… Sou eu, te amando onde quer que tu esteja.
Ironias do amor

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

2013


E passamos a vida tentando, querendo, sonhando, esperando, 
num gerúndio sem fim, sem charme e sem nenhuma certeza no final.
 Ah, para tudo! Se é pra viver, vamos viver direito. 
Com conteúdo. Troque o verbo, mude a frase, inverta a culpa. 
O sujeito da oração é você. A história é sua, mãos à obra! 
Melhore aquele capítulo, jogue fora o que não cabe mais, 
embole a tristeza, o medo, aceite seus erros, reescreva-se. 
Republique-se. Reinvente-se. 
E transforme-se na melhor edição feita de você.”