quinta-feira, 30 de maio de 2013

Chove chuva, as lagrimas que não chorei.

Tudo começou na chuva. E foi na chuva. Que tudo se acabou.

Melissa Lobo.

Ah o coração

Naquela noite ele quebrou meu coração, em mil pedacinhos diferentes. E pela manhã, me amou, e colou meu coração, pedacinho por pedacinho. Até ele ficar inteirinho novamente. E eu o amei ainda mais por isso. Mas não se deu conta, que já não importava mais se ele iria partir ou não, as cicatrizes ficariam para sempre.

Melissa Lobo.

Amar é ...

Amar é também, se doar. Saber que as vezes temos que abrir mão, de algumas coisas. Você não precisa mudar, deixar de ser você. Não. Mas as vezes é preciso fazer mais do que somos capazes de fazer. Só pra ver o outro sorrir. Porque quando se ama de verdade uma pessoa, você deve fazer com que ela seja sua. Para sempre. 

Melissa Lobo.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O amor é egoísta

Penso em deixa-ló. Parece cruel. Mas o amor é egoísta. E eu o amo de mais para ser egoísta com ele. Ele passou tempo de mais sozinho, e não conheceu o mundo que merece. Não posso exigir que ele seja só meu. Ele tem de conhecer outros corpos, outras pessoas, outros amigos, outras mulheres. Precisa ter certeza do que quer. Precisa sair e se divertir. Transar com uma garota e nem lembrar do nome dela no dia seguinte. Provar o lado cafajeste da vida. Antes de se tornar o cavalheiro da armadura brilhante. As vezes o amor é isso, é abrir mão de quem se ama, pra que seja feliz. Mesmo que longe de você.
Sentada aqui lendo mais um dos meus mil livros, nesse dia frio e chuvoso, penso em deixa-ló. Mas quando o encontro só consigo pensar em ama-ló. O amor é realmente egoísta. E eu também. Não sei se vou deixa-ló. Não agora pelo menos. Mas talvez, quem sabe um dia.

Melissa Lobo.

terça-feira, 28 de maio de 2013

I Need a Holiday


Não ir embora


Uma definição não encontrada no dicionário: “Não ir embora: ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças”.

- A Menina que Roubava Livros

Ele

Ele não era um príncipe encantado, desses de conto de fada, que todas as meninas sonham, nem o cavalheiro da armadura brilhante. Também não é de fato um idiota enrolado em papel alumínio. Ele é um homem com jeito de menino, que dá vontade de cuidar. É um pouco de dragão que solta fogo pela boca e esquenta a relação. Ele não é do tipo que me trás flores e chocolates. Também não veio de nenhum filme dos anos 20, nem usa cartola e bigode. Mas sempre vai trabalhar de terno, elegantemente lindo. Ele também não faz serenatas de amor em minha janela. Mas as vezes ele canta uma canção com seu violão, depois de ver um filme qualquer sobre música e Rock'n Roll. Confesso que uma vez ele tentou me surpreender, com digas de outras garotas, como se eu fosse como as outras garotas. Que usam calça leggin e bota no frio, e calça jeans e rasteirinha no calor.
Ele sabe que sou diferente, sei também que é por isso que ele não é um príncipe encantado, ele sabe que não precisa. Que a gente se ama assim, é quase cômico, muito sincero. Com generosas pitadas de ironia, sim ironia é nosso forte. E ele é forte, me abraça e me beija com tanto prazer. Eu poderia listar 10 coisas ou mais, das quias gostaria que um homem fizesse para mim, como flores no trabalho, chocolates na TPM, um sequestro relâmpago durante a noite, pra algum lugar qualquer onde as estrelas brilhem e a gente faça amor. Um jantar romântico. Ou algo do tipo. Mas ele não precisa de nada disso, por algum motivo o meu coração é dele. Do meu dragão, do meu menino, que não aprendeu como conquistar uma mulher normal, mas que me conquistou, eu que não sou nada normal. Não posso exigir dele que seja um pouco de tudo que eu venero, nem príncipe, nem cavalheiro. Só posso pedir que ele continue sendo ele, assim do jeito que sempre foi, sincero, meio atrapalhado, engraçado e apaixonado por mim.
Mesmo que seu amor não seja como os dos filmes e contos de fadas. Mas que é real. E que mesmo sem final me faz feliz para sempre.

Melissa Lobo.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

A verdade doí?!


Nunca acreditei que a verdade machuca, por isso as pessoas mentiam, porque era mais fácil mentir. Isso para mim, sempre foi desculpa de gente mentirosa, que não sabe lidar com a verdade.
Claro todo mundo mente, quem nunca deu bom dia pro Porteiro ou respondeu ‘Tudo Bem’ pro vizinho que perguntou como você está, quando na verdade o seu dia estava uma verdadeira porcaria sem nada de bom.
São mentiras irrelevantes, claro não deixa de ser mentiras, mas não afeta ninguém.

Fora isso, sempre transbordei sinceridade, já me chamaram de grossa, maluca. Já me pediram pra mudar, mas eu sempre continuei com esse meu jeito, sempre fui uma amante da verdade. Algumas pessoas não gostavam, não sabiam lidar com isso, mas conquistei muitos bons amigos com esse meu jeito. As pessoas sabiam que podiam confiar, e que se quisessem uma opinião sincera, eu daria. Até que um dia a verdade me machucou, sim estava eu lá feliz alegremente, com o meu boyfriend, tá não tão alegremente, pois estávamos passando por uma situação difícil, do qual desconhecíamos. Um aprendizado, uma nova lição diria. Mas que não é fácil. Nunca é pra ninguém.

Enfim. Ele me disse: ‘Eu te amo, mas não sei se vou ficar com você para sempre, para sempre me parece muito tempo.’ Tá certo, para sempre, me parece mesmo muito tempo. Mas porra, precisava me dizer isso, exatamente naquele momento. Logo quando tudo parecia meio abalado porque estávamos enfrentando o desconhecido. Então era assim, quando a corda balança você pula fora? A frase podia ter acabo no ‘amo’. Porque sim, aquilo me machucou, a maldita verdade, ele estava só sendo sincero. Porém achei covardia, dizer isso naquele momento. Não entendo porque as pessoas tem tanto medo do desconhecido. Não entendo. Tá fiquei mais revoltada do que machucada, mas confesso que algumas coisas eu não compreendo. Algumas verdades são estranhas isso sim, simplesmente não dá para aceitar. Tipo o mar é infinito? Pra mim  ele é indefinido e incontável o numero de gotinhas, não significa que seja infinito, mas o que o infinito mesmo?!

A verdade é que não existe nenhuma verdade absoluta, nenhuma mesmo. Tudo pode mudar, se transformar, tudo exatamente tudo. E se você acha que não, acredite logo mudará de ideia e notará que sim. É por isso que as vezes a vida que é tão simples, se torna tão complicada, e incompreensiva. Porque é difícil entender o que não é estável, o que está em uma eterna transformação e mutação. Mas quer saber eu gosto da vida assim. Faz dela um eterno desafio. Do qual estou disposta a enfrentar da melhor maneira possível. E por hoje esquece essa de ‘para sempre’, por que sim, até ele pode e vai mudar, seja pro bem ou pro mau.

É isso ai. Amanha talvez, discorde desse pensamento. Quem sabe?! Afinal tudo muda, e sempre vai mudar. Ou não.


Melissa Lobo. 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Baseado numa historia legal


Ela já estava cansada. Outra garrafa de Coca com Vodka chegando ao fim. Olhava pra tela do computador e as palavras fluíam bem mais fáceis. Se sentia bem, o álcool a fazia bem. Escrevia tantas coisas pra tantas pessoas, pra si mesma. Um livro sobre o tudo e o nada, sobre as reflexões da vida. Sorria. O som do Pearl Jam tomava conta do seu quarto.

Do outro lado da cidade, ele aproveitava a noite nos braços de uma mulher peituda sem nada na cabeça. Era assim que passava o seu dia. Já não lembrava quantas cervejas tinha tomado, tudo rodava, mas ele não ligava pra nada. Ninguém podia falar o que ele deveria fazer. Ele que sabia da sua vida. E gastar dinheiro com mulheres, bebidas e jogos de azar agora era seu prazer. Sorria.

Ela vivia sua vida virtual adorando a solidão, não sentia falta de ninguém. Fechada em seu mundo preto e branco. Era torcedora do Corinthians. Daquelas quase fanáticas. Acompanha futebol. Gostava de saber. Seu melhor amigo celular, com musicas de todos os gostos. Andava pela cidade a passos largos, sem olhar pros lados. Só querendo chegar ao seu destino..

Ele pegou um ônibus para a casa dela, mas não conseguiu chegar na hora certa, se perdeu no caminho e ela teve que buscar ele, o que deveria ser o contrario. Fazia muito calor, pensava em na praia, viajem que foi adiada. Uma pena estava empolgado. Ele suava, preocupado, queria uma cerveja.

Ela comprava cerveja no mercado. Enquanto explicava como ele fazia para chegar. Ele estava uma hora atrasado. E ela estava sorrindo por isso. Pensava em sorvete de doce de leite. Mas não tinha. Pensou que gosto seria o beijo dele. Mas seria muito ousado pensar isso. Desejar ele parecia ser um problema sem solução. Quando pertenciam a um grupo do qual ela já beijara outro alguém um tempo atrás.

Ele chegou, sorriso tímido. Ela o abraçou mesmo estando todo suado, parecia sexy, ele era sexy, o cabelo estava bagunçado. Fizeram panquecas, tomaram cerveja. E guerra de agua. Espuma. E tudo que tinha na pia. Ele jogou ela no chão. Quase se beijaram, ambos pensaram na opção. Enquanto o coração dele acelerava. O dela parava.

Ela se aproximou da boca dele e fechou os olhos. Eles se beijaram. E fizeram amor. Sim foi amor, mesmo sem saber que se amariam no futuro. Devagar e intenso. Os olhos não desviavam um do outro.
Ela começou a reparar nele. Em quanto seu jeito era diferente de todos que se aproximavam dela. Ele seria diferente, mas eram todos iguais. Estava confusa. Ele se foi sem um beijo de despedida.

Sem saber que nunca havia beijos de despedida, quando tudo estava apenas começando.

E então viveram felizes para sempre…


Melissa Lobo

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Amar é como uma droga

No começo vem a sensação de euforia, de total entrega. Depois, no dia seguinte você quer mais. Ainda não se viciou, mas gostou da sensação e acha que pode mantê-la sob controle. Pensa na pessoa amada por dois minutos e esquece por três horas.

Mas aos poucos, você se acostuma com aquela pessoa, e passa a depender completamente dela.

Então pensa por três horas e esquece por dois minutos. Se ela não está por perto, você experimenta as mesmas sensações que os viciados roubam e se humilham para conseguir o que precisam, você está disposto a fazer qualquer coisa pelo amor.